A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (9) o primeiro Boletim Mpox de 2024, detalhando o perfil epidemiológico dos casos confirmados no Estado. O documento indica que há 21 casos confirmados de Mpox no Paraná, sem registro de mortes. As confirmações estão distribuídas em Curitiba, Londrina, Arapongas, Foz do Iguaçu, Ivaiporã e Santo Antônio da Platina, com dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
A publicação do boletim será semanal, oferecendo informações sobre os casos de infecção, sintomas, formas de transmissão e prevenção da doença, além de dados demográficos, como faixa etária e sexo dos infectados. O primeiro boletim sobre Mpox foi publicado em agosto de 2022.
A Mpox, uma doença viral, é transmitida principalmente através do contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou por objetos recentemente contaminados. A transmissão pode ocorrer por toque, beijo, relações sexuais ou contato com itens como lençóis e roupas infectadas.
“O boletim serve como uma ferramenta de atualização para profissionais da saúde e para a população, funcionando como uma importante fonte de informação. A notificação da Mpox é obrigatória e imediata, permitindo o monitoramento e as ações de enfrentamento à doença”, afirmou Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.
Emergência
Em agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública, devido ao aumento significativo de casos e mortes causadas por uma nova variante (1b) na África. Após o anúncio, a Sesa emitiu alertas reforçando as medidas de prevenção.
Em 2022, o Brasil registrou um pico de mais de 10 mil casos confirmados de Mpox. No Paraná, foram contabilizados 296 casos em 2022 e 42 em 2023.
Desde março de 2023, o Paraná recebeu 3.192 doses da vacina contra a Mpox. O público-alvo da vacinação, definido pelo governo federal, inclui pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA); homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com 18 anos ou mais, independentemente da contagem de linfócitos T CD4.
Profissionais que atuam diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios de biossegurança nível 2 (NB-2), com idade entre 18 e 49 anos, e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções de casos suspeitos, prováveis ou confirmados, também estão incluídos no público-alvo.
A Doença
A infecção por Mpox causa erupções cutâneas, geralmente iniciando no rosto e espalhando-se pelo corpo. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.
As principais medidas de controle envolvem o isolamento dos doentes, o rastreamento e monitoramento de contatos íntimos e familiares, além do uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais de saúde e cuidadores.
O diagnóstico é feito por testes laboratoriais, incluindo testes moleculares ou sequenciamento genético. Todos os pacientes que se enquadrarem como casos suspeitos devem realizar o teste, com as amostras sendo enviadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen).
Clique no link para acessar o boletim completo:
https://www.aen.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2024-10/0910mpox.pdf
Fonte: Assessoria