Segundo a investigação, os agentes extorquiam dinheiro de MCs, donos de produtoras e empresários dos artistas para não investigar a exploração ilegal de jogos de azar.
Uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, prendeu nesta sexta-feira (25) quatro policiais civis de Santo André, na Grande SP, suspeitos de cobrar propina para deixar de investigar funkeiros que promoveriam rifas ilegais pelas redes sociais.
A operação é um desdobramento de um inquérito aberto em 2021 pela PF para apurar a relação de donos de produtoras de funk com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nesta fase 3 da Operação Latus Actio (ação ampla, em latim), também são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Santo André, Mauá e São Paulo. Os presos serão levados para a Corregedoria da PC e os objetos eventualmente apreendidos, para a PF.
A primeira fase da operação foi deflagrada em março do ano passado. Na ocasião, os investigadores recolheram celulares dos investigados.
A partir dessas informações, a PF deflagrou a fase 2 da Latus Actio, em dezembro do ano passado. Um investigador do 6º DP de Santo André chegou a ser preso.
Outro foi afastado das funções e até um delegado foi alvo de buscas. Os três foram denunciados à Justiça e respondem pelo crime de corrupção passiva.
Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas no relatório final das fases 1 e 2 da operação pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra a ordem tributária, explorar loteria clandestina e agiotagem.
Fonte: g1.com